Piteco – 1965
Não é um gibi e tampouco uma historia em quadrinhos, mas o Piteco, assim como o
Astronauta, já teve o seu próprio livrinho... lá pelos anos de 1965, quando a
turma da Mônica nem sonhava em ter sua revistinha.
Lançado pela Editora Coleção F.T.D., esses livrinhos continham 2 historias, com
o texto ao lado dos desenhos, apesar de alguns balões de fala aparecerem aqui ou
ali. Com os desenhos extremamente ‘Mauriciano’ ( traços grossos e caras pontudas
) foi o debut da turminha fora das páginas dos jornais.
No livrinho do Piteco temos:
Piteco – Enquanto a aldeia de Lem passa fome, Piteco sai para caçar algum
dinossauro. Encontra um pequeno brontossauro com um espinhaço no pé. Piteco o
ajuda e.... ganha um companheiro. Quando volta à aldeia, todos os habitantes
logo pensam em devorar o coitadinho. Só que o dinossauro foge tentando encontrar
o seu amigo, e no desespero de segui-lo toda a aldeia se perde na mata e começa
a passar fome. Piteco então convence todo mundo a ser vegetariano, a exemplo de
seu amigo brontossauro.
Penadinho – ( Contra o Caçador de Cabeça ). Com a participação de toda a
turma do cemitério ( frank, zé vampir, Muminho... todos ainda muito estilizados
) Penadinho ouve um papo do Cranicola que um tal caçador de cabeças está para se
mudar para o cemitério, deixando todo mundo em alvoroço por causa do tal
canibal. Quando descobrem, é apenas um fantasma que tinha vindo de uma terra
onde todos `perdiam a cabeça`, e ele mantinha a sua `fria`.
No livrinho do Astronauta temos:
Astronauta – ( No Planeta dos Homens Sorvete ). Num planeta habitado por
sorvetes e picolés, uma estranha nave tripulada por `foguinhos`aterrisa. Os
habitantes pedem ajuda ao Astronauta, pois tudo começa a derreter. Astronauta
descobre que os foguinhos estavam apenas procurando um lugar gelado pois sofriam
de pressão alta. Eles partem levando uma geladeira da nave do Astronauta. Essa
historia foi quadrinizada posteriormente e fez parte de um dos primeiros números
da revista da Mônica, poucos anos mais tarde.
Zé da Roça – ( E O Dragão Que Não Existia ). Isso mesmo, é o Zé da Roça
protagonizando uma historia, numa época em que a estrela era ele e não o Chico
Bento. Zé da Roça e Hiro ( chamado aqui de Hiroshi ) encontram um dragão longe
do sítio. O pobre dragão estava sofrendo de crise de identidade, pois ninguém
mais acreditava nele, e apesar de algumas tentativas, ninguém na vila dá ouvidos
aos dois moleques. Zé da Roça então tem a idéia de manda-lo a um lugar onde
todos acreditariam nele. E o dragão parte para a lua, onde está at’é hoje.